sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A ÁGUIA QUE (QUASE) VIROU GALINHA

ERA UMA VEZ UMA ÁGUIA, QUE FOI CRIADA NUM GALINHEIRO; CRESCEU PENSANDO QUE ERA UMA GALINHA!
ERA UMA GALINHA ESTRANHA... (O QUE A FAZIA SOFRER).
QUE TRISTEZA QUANDO SE VIA REFLECTIDA NOS ESPELHOS DAS POÇAS D'ÁGUA; TÃO DIFERENTE!

O BICO ERA GRANDE DEMAIS, ADUNCO, IMPRÓPRIO PARA CATAR MILHO, COMO TODAS AS OUTRAS FAZIAM. SEUS OLHOS TINHAM UM OLHAR FEROZ, DIFERENTE DO OLHAR AMEDRONTADO DAS GALINHAS E  ERA MUITO GRANDE E ATLÉTICA!


COM CERTEZA SOFRIA DE ALGUMA DOENÇA... E ELA QUERIA UMA SÓ COISA: SER UMA GALINHA COMUM, COMO TODAS AS OUTRAS.

FAZIA UM ESFORÇO ENORME PARA ISSO - TREINAVA CISCAR COM BAMBOLEIO PRÓPRIO;
ANDAVA MEIO AGACHADA, PARA NÃO SE DESTACAR PELA ALTURA.;
TOMAVA LIÇÕES DE CACAREJO...
E O QUE MAIS QUERIA: QUE AS SUAS FEZES TIVESSEM O MESMO CHEIRO FAMILIAR E ACOLHEDOR DAS FEZES DAS GALINHAS - O SEU ERA DIFERENTE, INCONFUNDÍVEL.

ACONTECEU QUE, UM DIA, UM ALPINISTA QUE SE DIRIGIA PARA O CUME DAS MONTANHAS, PASSOU POR ALI; ALPINISTAS SÃO PESSOAS QUE GOSTARIAM DE SER ÁGUIAS!

NÃO PODENDO, FAZEM AQUILO QUE MAIS DE APROXIMA: SOBEM, A PÉS E MÃOS, ATÉ AS ALTURAS, ONDE ELAS VIVEM E VOAM. E FICAM LÁ, OLHANDO PARA BAIXO, IMAGINANDO QUE SERIA MUITO BOM SE FOSSEM ÁGUIAS E PUDESSEM VOAR.

O ALPINISTA VIU A ÁGUIA NO GALINHEIRO E SE ASSUSTOU!

- O QUE É QUE VOCÊ, ÁGUIA, ESTÁ FAZENDO NO MEIO DO GALINHEIRO? ELE PERGUNTOU.
ELA PENSOU QUE ELE ESTAVA A FAZER "TROÇA" E FICOU ABORRECIDA!

- NÃO ME FAÇAS TROÇA! ÁGUIA É A VOVOZINHA! SOU GALINHA DE CORPO E ALMA, EMBORA NÃO PAREÇA!

- GALINHA COISA NENHUMA! - REPLICOU O ALPINISTA.

- VOCÊ TEM BICO DE ÁGUIA, OLHAR DE ÁGUIA, RABO DE ÁGUIA, FEZES DE ÁGUIA... É ÁGUIA! DEVERIA ESTAR VOANDO...  E APONTOU PARA MINÚSCULOS PONTOS NEGROS NO CÉU, MUITO LONGE, ÁGUIAS QUE VOAM, PERTO DOS PICOS DAS MONTANHAS.

- DEUS ME LIVRE!! TENHO VERTIGEM DAS ALTURAS. ME DÁ TONTURAS... O MÁXIMO, PARA MIM, É O SEGUNDO DEGRAU DO POLEIRO - ELA RESPONDEU.

ASSIM FIM DE PAPO. AGARROU Á ÁGUIA E A ENFIOU DENTRO DE UM SACO. E CONTINUOU A MARCHA PARA O ALTO DAS MONTANHAS.

CHEGANDO LÁ, ESCOLHEU O ABISMO MAIS FUNDO, ABRIU O SACO E SACUDIU A ÁGUIA NO VAZIO.

ELA CAIU. ATERRORIZADA, DEBATEU-SE FURIOSAMENTE, PROCURANDO ALGO A QUE SE AGARRAR. MAS NÃO HAVIA NADA. SÓ LHE SOBRAVAM AS ASAS...

E FOI ENTÃO QUE ALGO NOVO ACONTECEU. DO FUNDO DO SEU CORPO GALINÁCEO, UMA ÁGUIA, HÁ MUITO TEMPO ADORMECIDA E ESQUECIDA, ACORDOU, SE APOSSOU DAS ASAS E, DE REPENTE, ELA VOOU...

Há homens que aparentam ser "ÁGUIAS", mas agem com visão míope de GALINHAS... Se tornam escravos de si-mesmos; são derrotados por suas próprias mazelas.

Há homens que não possuem a força e a robustêz de uma ÁGUIA; aparentemente são frágeis e incapazes como uma galinha, mas possuem VISÃO DE ÁGUIA e superam os seus próprios limites.

Pense nesta fábula e responda para si mesmo, as seguintes perguntas:
Que tipo de pessoa sou?
Que tipo de pessoa gostava de ser?
O que me impede de alcançar sar os meus objectivos?
Tenho claro quais são realmente os meus propósitos e sonhos?
Se não existisse o medo; o que mudaria na minha vida?



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Transtorno do Pânico

A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é um distúrbio de ansiedade, ou seja, tem como ponto de partida a ansiedade que é um estado emocional de grande apreensão, receio, expectativa de que algo ruim possa acontecer.
Estima-se que acometa entre 2% a 4% da população mundial. Afecta sobretudo jovens, entre os 25 e 35 anos, que estão na plenitude da vida pessoal e profissional.
Se não tratado adequadamente, o Transtorno do Pânico desencadeia ao longo do tempo, diversas complicações no âmbito psíquico, social, afectivo e financeiro.
Infelizmente, muitos profissionais da área de saúde, não possuem um conhecimento adequado acerca da etiologia desta doença e suas implicações, o que acarreta ainda mais prejuízos àqueles que os procuram...
O T.P é um conjunto de sintomas físicos e emocionais, que faz com que a pessoa se sinta muito frágil, indefesa e assustada, face aos sintomas que surgem inesperadamente e sem causa aparente.
Uma infinidade de exames é então solicitada, os resultados não indicam nada que justifique as queixas do paciente, que se sente cada dia mais exausto e desacreditado. Para a pessoa que sofre de T.P tudo parece sem sentido, sem nenhuma relação com sua história de vida.
O T.P parece ser um “sinalizador”, um "alerta" – que indica que devemos fazer algo pela nossa saúde física e emocional.
O trabalho com técnicas corporais actua na manutenção e restabelecimento da saúde, trazendo descontracção muscular, reequilíbrio das funções respiratórias, circulatórias entre outras. Facilita o comprometimento do paciente com o tratamento medicamentoso, promove o controle e a diminuição das crises e facilita a compreensão dos processos afectivos/emocionais envolvidos no surgimento e manutenção da doença.
Não deixe que a correria do dia-a-dia tome conta de você! Dê um sentido a sua vida e seja mais feliz!
Lembre-se: pequenas actitudes podem fazer uma grande diferença!!!

Psico-oncologia


A Psico-oncologia é a área de interface entre a Psicologia e a Oncologia.

Actualmente, sabemos que o sistema imunitário é um “sistema de relações”, ou seja, a maneira como enfrentamos os n/ problemas, o controlo ou não dos nossos sentimentos, a forma como lidamos com as adversidades e o Estresse diário, podem alterar através de mecanismos complexos, as nossas células de defesa, tornando o nosso sistema imunitário altamente vulnerável.

Sabemos que o cancro é uma doença multifactorial; diversos aspectos como ambiente, cultura, hereditariedade, aspectos emocionais, além de alguns traços de personalidade, desempenham papel fundamental no surgimento e manutenção da doença.

O Psicólogo especializado nesta área, orienta e auxilia o paciente, no sentido deste se tornar um “agente activo”, consciente e responsável pela sua saúde, motivado a enfrentar os obstáculos e as diversas etapas do tratamento e/ou reabilitação.

A Psicoterapia (tratamento psicológico), propõe ao paciente estabelecer metas, alcançar objectivos e compreender o sentido da “Saúde”, da “Doença” e muitas vezes da própria “Vida”, através da reformulação de crenças pouco producentes, que nada contribuem para aumentar a Qualidade de Vida.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vida Assistida - Cuidados Paliativos; Direito ou Prémio de Consolação?

Nossos pacientes ainda se encontram à margem do que é preconizado pelo Ministério da Saúde: “Alivio dos sintomas; o apoio psicológico, espiritual e emocional; o apoio à família; o apoio durante o luto e a interdisciplinaridade”.
Os Cuidados Paliativos derivam do movimento “Hospice” cujo significado é “hospedagem, hospitalidade” e traduz um sentimento de acolhida. O termo hospice, refere-se a uma filosofia de tratamento, um conceito de cuidado que têm seu início histórico nos tempos antigos (séc. IV). Com a evolução da medicina e o crescimento e avanço da tecnologia em saúde, os hospitais desenvolveram-se rapidamente, tornando-se “centros de cura”. Consequentemente, o cuidado tecnológico passou a ser muito valorizado, havendo uma despreocupação relativa aos cuidados integrais.
Para combater esta situação de desamparo, alguns profissionais europeus e americanos, se destacaram na luta pela humanização do cuidado. Surge então na década de 60, uma abordagem que procura resgatar a filosofia Hospice, dando origem aos Cuidados Paliativos.
Hoje a filosofia do hospice está sendo implantada praticamente em todos os quadrantes do mundo. Desde meados dos anos 80 o movimento conta com o apoio da O.M.S, que estimulou países membros a desenvolver programas de controlo do cancro, que incluem prevenção, detecção precoce, tratamento curativo, alívio da dor e cuidados paliativos.
Os hospices historicamente privilegiavam o cuidado dos pacientes com cancro e o enfrentamento do sofrimento causado pela doença, hoje acolhem em número crescente, pacientes com SIDA e em estágios terminais de doenças respiratórias, cardíacas e renais e neurológicas.
Nosso dever como cuidadores pressupõe a utilização de todas as nossas habilidades no cuidado das pessoas, no sentido de aliviar seu sofrimento, assisti-las no aprimoramento de sua qualidade de vida e concentração no viver, antes que no morrer.
O foco central do cuidado, que norteia todas as acções é a experiência da pessoa e de sua família, de viver com uma doença incurável e o processo do morrer.
Paliativo Palavra de origem latina (pallium), que significa manto, coberta. Diz-se daquilo que tem a qualidade de acalmar temporariamente um sinal, uma dor; nasce a Medicina Paliativa – estudo e controlo de pacientes com doença activa e progressiva, em fase avançada, para os quais o prognóstico é limitado e o foco dos cuidados é a qualidade de vida.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Acompanhamento no Luto

Todas as situações de “luto” são pesarosas e envolvem uma vasta gama de sentimentos, muitas vezes ambíguos (temor, indignação, resistência, culpa, raiva, tristeza, entre outros…).
O luto pela perda de uma pessoa amada é uma experiência universal, no entanto é ao mesmo tempo, a circunstância mais desorganizadora e assustadora que um ser humano pode vivenciar.
O sentido dado à vida é repensado, as relações são redefinidas a partir de uma avaliação de seu significado, a identidade pessoal se transforma. Nada mais será como costumava ser…
E ainda assim, há vida no luto; há esperança de transformação, de recomeço…
Porque há um tempo de chegar e um tempo de partir… A vida é feita de pequenos e grandes lutos. Através deles, nos damos conta da nossa condição de Ser mortal, porque somos “humanos”.
O acompanhamento psicológico auxilia o enlutado no processo de busca por si mesmo (sem o outro). Propicia um “espaço” de “escuta e acolhimento”, onde o luto possa ser vivido em plenitude e a dor re-significada, dentro do “tempo” de cada indivíduo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Desenvolvimento Pessoal e Qualidade de Vida

Considerando o cenário actual de mudanças aceleradas e constantes, aliado às demandas de ordem econômica, concorrência acirrada e abertura do mercado, torna-se um desafio para as organizações integrar o “rendimento dos negócios” com o “desenvolvimento das pessoas”.

Por outro lado, a velocidade com que estas mudanças vêm acontecendo exige do ser humano uma maior flexibilidade e uma ampla capacidade adaptativa o que muitas vezes, pode levá-lo a situações de tensão e pressão intensas.

Como conseqüência, o que se têm observado junto aos órgãos de saúde é uma elevação das estatísticas de queixas médicas associadas directamente ao Stresse: problemas estomacais, enxaquecas, depressão, tensão constante, distúrbio do Pânico, dificuldades para relaxar, insônia, crises nervosas, hipertensão, etc.

Vale ressaltar que esses problemas influenciam directamente o rendimento profissional, trazendo prejuízos para as empresas; desde o aumento das despesas médicas e absentismo, até a queda da produtividade e sub-utilização de talentos, competências e potenciais.

Justifica-se portanto, com o exposto, a importância de se investir em programas preventivos e qualidade de vida - Infelizmente, a maioria da organizações ainda não possuem um programa que vise a saúde física e emocional dos seus colaboradores - assim, cabe a cada um de nós, a busca por uma vida mais saudável e satisfatória.


A psicoterapia pode ser um caminho; através de um acompanhamento profissionalizado, a pessoa terá a oportunidade de aprender a gerenciar o Estresse a seu favor, harmonizar suas emoções, desenvolver sua capacidade de auto-motivação, controle de impulsos e ansiedades, além de ampliar suas habilidades de relacionamento interpessoal.

Hoje, mais do que nunca, as empresas necessitam de profissionais comprometidos, flexíveis, dinâmicos, pró-activos e auto-dirigidos. Pense nisto; invista em você!!!


Reflexões acerca da pessoa do terapeuta

Características do conselheiro eficiente.

Os psicólogos eficientes...

-    São hábeis em levar a extroversão;
-    Inspiram sentimentos de segurança, credibilidade e confiança nas pessoas a quem atendem;
-    São capazes de introversão (refletem muito sobre suas ações, sentimentos, compromissos de valor e motivações), extroversão e domínio da ansiedade;
-    Transmitem interesse e respeito pelas pessoas;
-    Gostam de si mesmos, respeitam-se e não usam as pessoas a quem atendem, para satisfazer suas próprias necessidades;
-    Possuem conhecimentos específicos em alguma área, que será de especial valor para a pessoa a quem está a ajudar;
-    Procuram compreender o comportamento das pessoas, sem impor julgamentos de valor;
-    São capazes de pensar em termos de sistemas – conhecem os diversos sistemas sociais de que um cliente é parte, sabem como ele é afectado pelos mesmos e como, por sua vez, os influencia;
-    São contemporâneos e têm uma visão global dos acontecimentos humanos, compreensão em profundidade das preocupações sociais actuais e consciência de como esses factos afectam as concepções dos clientes;
-    São capazes de identificar padrões de comportamento contraproducentes e procuram ajudar as pessoas a substituí-los por padrões mais gratificantes;
-    Conseguem ajudar o outro a olhar para si mesmo e a responder não-defensivamente a pergunta: Quem Sou Eu?

Texto completo: PATTERSON/EISENBERG – O processo de Aconselhamento; Martins Fontes, 1988.

Diante das adversidades do dia a dia, desiludidas com as promessas de um mundo social, econômico e politicamente mais rico em termos de comunidade, as pessoas estão buscando pessoalmente, estar bem consigo mesmas. A Psicoterapia deixa de ser algo destinado às pessoas ditas doentes e passa a ser uma opção de todos que desejam criar um ambiente em volta de si, onde possam realizar-se como pessoa.

Embora a psicoterapia vise diretamente à pessoa do cliente, é imprescindível uma reflexão adequada acerca da pessoa do terapeuta, pois este é mais importante como indivíduo, que o método ou sistema que utiliza. É mais significativo o que faz, transmite e vive, que as técnicas ou a visão filosófica em que se fundamenta.
                                       
                                                                                   Ribeiro, Jorge P.
Teorias e técnicas Psicoterápicas Petrópolis: Ed. Vozes, 1986

O resultado e a eficiência da psicoterapia dependerão muito da grandeza e amplidão da personalidade do psicoterapeuta. Este deverá ter resolvido satisfatoriamente seu narcisismo, seu complexo de onipotência, ter consciência de suas limitações, pois é através da consciência clara de si mesmo que entrará em contato com o mundo desconhecido do outro.

O Processo psicoterápico deve levar o homem à liberdade de pensar os próprios pensamentos, de fazer opções coerentes, de escolher seu próprio caminho, ainda que este seja cheio de dor. A função da Psicoterapia é desenvolver no homem suas potencialidades, de modo a ampliar, cada vez mais, seus próprios limites, suas próprias fronteiras. É um processo de tomada de posse de si mesmo.

O Psicoterapeuta, qualquer que seja a técnica ou abordagem teórica que adote, é um agente de relações e transformações humanas, que se propõe a auxiliar o outro. Estar seguro em si mesmo é mais do que lidar com as próprias dificuldades de maneira coerente. É estar pronto para dar suporte e apoiar as iniciativas de mudança do cliente, sem misturar-se a ele. É sentir que conquistou uma liberdade interna através da qual se expressa no mundo de forma espontânea e criativa, permitindo que também os outros o possam fazer, com o mesmo grau de segurança.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Reflexões para um ano mais pleno e cheio de prazer!

Nos últimos 20 anos, as mudanças acerca dos papéis sociais e principalmente de "género", mudaram muito.  Homens e mulheres buscam um caminho possível, onde possam exercer sua afectividade, sexualidade e desenvolver novas aptidões.
A vida se dá em ciclos; dias, meses, anos... O início de mais um ano suscita o desejo de fazermos um “balanço” acerca de nossas vivências  dificuldades, sonhos e realizações. Surge a expectativa de que no "futuro" sejam resolvidas todas as nossas “pendências” (como se um dia, isso fosse possível!) …Os exames médicos adiados a tempo, a sonhada viagem, o corpo ideal; conquistado no ginásio, tantas vezes pago e tão pouco frequentado... Ah! E o regime! Adiado sempre para a próxima segunda-feira!
E tem ainda aqueles que querem mesmo “virar a mesa”!!! Ser outra mulher/outro homem; mais apaixonada (o), decidida (o), autónoma (o) e realizada (o) – sair da mesmice; do dia-a-dia desgastante, sem graça, “morno”…
…E o companheiro que não entende as mudanças de humor da esposa, as intermináveis dores de cabeça, a Tensão Pré Menstrual... a insatisfação... Homens esgotados com o trabalho, na maioria das vezes, sem o reconhecimento desejado, ameaçados constantemente pelo desemprego, sozinhos num mundo de pedra, onde já não possuem o "poder" e controlo do destino de sua família, como outrora.
Quem é esse homem que deve ser o companheiro fiel, o pai cuidadoso, o amante voraz (bem dotado), o amigo (assexuado), disponível para ir às compras, interessado nos intermináveis discursos femininos, bem humorado, com o limite da conta ordem estourado, o cartão de crédito arruinado... Que deseja magicamente ser outro homem, num outro local, outro país e quem sabe outro planeta; sem hipotecas,  obrigações, desentendimentos... (o nirvana!)
E a mulher do século XXI; cansada da dupla, tripla, jornada, frustrada pelos filhos que não teve; preocupada e culpada pelos que tem e não pode acompanhar, como gostaria.
…E ainda há que ser a dona de casa especializada em economia doméstica (ainda mais nestes tempos de “crises”…), a mãe dedicada e paciente, a amante insaciável e orgásmica, a filha amorosa, atenta às necessidades dos seus progenitores… Ah! e ainda tem que gostar da sogra; achar divertido todos os palpites que a pobre senhora insiste em dar e aceitar o facto de que o “tempero dela” será sempre melhor que o seu (pelo menos na opinião do seu marido).
E se não tiver marido?! É aquela que nos dias de hoje ainda é discriminada! Nas festas de confraternização (principalmente as familiares), todos perguntam se ainda está “sozinha”.... (nunca ninguém questionou se esse é o seu desejo???).
O homem que não tem “mulher” deve sair à procura de uma, todos os finais de semana (senão é “paneleiro”). Deve “engatar” todas, mas para isso precisa ter um bom carro! (mesmo que se "enforque" nas prestações!). Usar roupa de marca, perfume importado e dizer aos amigos que ainda está sozinho, porque não encontrou a "mulher ideal”...
Há 50 ou 60 anos atrás, se sabia exactamente o que esperar dos homens e mulheres.

Eles deviam ser o provedor da família; demonstrar autoridade e domínio. Exercer sua sexualidade numa casa de “mulheres da vida”, “respeitar” a esposa, que naquele tempo, diferente de hoje, devia ser frígida... (ter orgasmos não era coisa para mulher de família!).
As meninas eram criadas desde cedo a serem “boas donas-de-casa”, tinham de saber bordar, cozinhar, costurar, acatar os desejos e determinações do seu “senhor"... Ter filhos, muitos filhos; assim não 
teriam tempo para “futilidades” e nem traições! (doce ilusão!).

Hoje mais do que nunca homens e mulheres estão em crise... Passamos por um momento histórico de grandes transformações, o que causa desconforto, instabilidade, inúmeras discussões e uma grande sensação de vazio existencial.
Muitas famílias Portuguesas, a exemplo do que acontece em outros países, já estão a ser mantidas pelas mulheres, que se vêem obrigadas a deixar suas proles, horas a fio numa  ama, infantário ou escola. Inseguras, sem saber quais valores morais estão a ser transmitidos, com medo da violência, da pedofilia e de todas as possibilidades macabras que os “média”, insistentemente propagam.
Há também o peso da responsabilidade, o dilema de ser mãe/pai, muitas vezes. A necessidade de racionalizar, ser prática, diminui a intuição, a disponibilidade de acolhimento, a contemplação e a organização; próprios do “feminino”- mas não exclusivos da mulher! O homem "machão" está em queda livre e deveria chegar logo a extinção! Eles agora, muitas vezes cuidam do lar, lavam, passam, levam os filhos à escola, ajudam nos deveres de casa e aguardam a chegada da esposa, exaustos!
Os tempos são outros e demandam posturas diferentes daquelas que aprendemos. As mudanças externas acontecem num ritmo alucinadamente acelerado, sem que possam ser assimiladas internamente, na mesma velocidade, causando um sentimento de inadequação, ressentimento, medo, vazio existencial, sofrimento e muitas vezes Depressão e Pânico.
“Alguma coisa está fora da ordem – da nova ordem social”

As pessoas buscam a ajuda de profissionais especializados, para identificarem e reorganizarem seus papéis sociais. Aprendem a mobilizar novos recursos, para lidar de modo mais efectivo com as implicações emocionais, decorrentes desse processo de transformação mundial.
Pequenas mudanças de visão e atitudes, fazem uma grande diferença na qualidade e satisfação da sua vida pessoal, sexual, afectiva e social.

Aproveite o início de um novo ciclo e escolha ser mais feliz! Você não está sozinho nesta busca!

“Um homem pode viver muito e não viver. Encontrar satisfação na vida não depende do número de anos que se tem, mas da vontade”. Montaigne (Ensaios 1.572)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Transtorno do Pânico

A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é um distúrbio de ansiedade, ou seja, tem como ponto de partida a ansiedade que é um estado emocional de grande apreensão, receio, expectativa de que algo ruim possa acontecer.
Estima-se que acometa entre 2% a 4% da população mundial. Afecta sobretudo jovens, entre os 25 e 35 anos, que estão na plenitude da vida pessoal e profissional.
Se não tratado adequadamente, o Transtorno do Pânico desencadeia ao longo do tempo diversas complicações no âmbito psíquico, social, afectivo e financeiro.
Infelizmente muitos profissionais da área de saúde não possuem um conhecimento adequado acerca da etiologia desta doença e suas implicações, o que acarreta ainda mais prejuízos àqueles que os procuram...
O T.P é um conjunto de sintomas físicos e emocionais, que faz com que a pessoa se sinta muito frágil, indefesa e assustada, face aos sintomas que surgem inesperadamente e sem causa aparente.
Uma infinidade de exames é então solicitada, os resultados não indicam nada que justifique as queixas do paciente, que sente-se cada dia mais exausto e desacreditado. Para a pessoa que sofre de T.P tudo parece sem sentido, sem nenhuma relação com sua história de vida.
O T.P parece ser um “sinalizador”, um "alerta" – que indica que devemos fazer algo pela nossa saúde física e emocional.
O trabalho com técnicas corporais actua na manutenção e restabelecimento da saúde, trazendo descontracção muscular, reequilíbrio das funções respiratórias, circulatórias entre outras. Facilita o comprometimento do paciente com o tratamento medicamentoso, promove o controle e a diminuição das crises e facilita a compreensão dos processos afectivos/emocionais envolvidos no surgimento e manutenção da doença.
Não deixe que a correria do dia-a-dia tome conta de você! Dê um sentido a sua vida e seja mais feliz!
Lembre-se: pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença!!!

Psicoterapia Breve; uma Modalidade de Intervenção

         
… Estresse, Ansiedade, Depressão, Fobias, Síndrome do Pânico, Baixa Auto-estima, Timidez, Dificuldade nas Relações Sociais, Distúrbios Sexuais, Luto...

Diante das adversidades do dia a dia, as pessoas estão buscando pessoalmente, estar bem consigo mesmas. A Psicoterapia deixa de ser algo destinado às pessoas ditas doentes e passa a ser uma opção de todos que desejam criar em volta de si, um ambiente onde possam realizar-se como pessoa.
As limitações económicas e a falta de tempo são factores que levam as pessoas a procurar por tratamentos de curto prazo. Neste sentido, a Psicoterapia Breve é uma opção bastante efectiva, já que é um tratamento voltado à superação dos sintomas e problemas actuais do paciente.
Na Psicoterapia Breve, o trabalho é voltado para um foco, ou seja, será dada prioridade para o que neste momento, está causando sofrimento ao paciente. A Psicoterapia Breve alcança resultados mais rápidos do que as terapias convencionais, além de ser possível determinar um prazo para o término do tratamento.
Nesta modalidade de atendimento, o terapeuta (psicólogo), interage com o paciente a todo o momento, inclusive seu papel é também pedagógico. O terapeuta é um facilitador, o que torna possível ao paciente ampliar sua consciência acerca do seu problema, de quando acontece, porque acontece e aprender uma nova forma de agir frente a estas situações.
A indicação terapêutica para a Psicoterapia Breve tem como factor imprescindível a motivação do paciente. A participação activa do terapeuta e o planeamento terapêutico também são fundamentais nesta modalidade de tratamento.

Você sabia que...

Um psicólogo, pode auxilia-lo nas mais diversas situações do seu dia a dia??? e que este processo, ao contrário do que se pensa, pode leva-lo à liberdade de pensar, fazer opções coerentes e assim efectivamente, escolher seu próprio caminho???
A função da Psicoterapia é desenvolver no homem suas potencialidades, de modo a ampliar, cada vez mais, seus próprios limites, suas próprias fronteiras. É um processo de tomada de posse de si mesmo.
A Psicoterapia pode ser muito eficaz nas seguintes situações:

·         Distúrbios de ansiedade (fobias, pânico)
·         Depressão
·         Dificuldades de relacionamento
·         Distúrbios alimentares
·         Preparação para Reforma
·         Estresse/doenças associadas
·         Dificuldades conjugais (de relacionamento e sexuais)
·         Dificuldades com os processos fisiológicos/emocionais decorrentes:
Gravidez, parto e puerpério/Menopausa
Adolescência
Envelhecimento
Deficiência física decorrente de acidente/doença
·         Luto
·         Violência familiar/abuso sexual
·         Uso de substâncias tóxicas


O terapeuta não julga nem opina, oferece liberdade e sigilo. Esse vínculo não cria dependência; pelo contrário, ele ajuda a ser mais livre.

Comparando, o papel do Psicólogo clínico seria o de um “lanterneiro”, que vai iluminando para você um caminho escuro; um caminho que você escolhe – é só você sabe onde vai dar!