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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Dicas valiosas para iniciar o Processo de Reeducação Alimentar




Como começar um processo de reeducação alimentar???

O princípio que alicerça a Reeducação Alimentar é acima de tudo o bom senso! Todos nós hoje em dia temos a noção daquilo que é prejudicial à nossa saúde: açucares, gorduras saturadas, álcool e farináceos (hidratos de carbono altamente refinados e de rápida absorção). Assim, devemos antes de mais nada, optar por uma alimentação simples! Esta questão entretanto será discutida noutra ocasião.


Todavia antes de iniciar o que quer que seja é fundamental ter um objectivo! Uma meta! Quando viajamos de férias, traçamos um plano: quais actividades pretende desenvolver, o local mais adequado, quais acomodações, etc. Com o processo de emagrecimento devemos fazer o mesmo! Precisamos criar um caminho neurológico para nos ajudar a chagar a nossa meta!

Assim, comece por pensar no "menor" e "maior" peso que já teve enquanto adulto. Não vale sabotar! Exemplo: menor peso 62 quilos e maior peso 100 quilos. Agora responda as seguintes questões: Qual o peso que neste momento, julga ser possível alcançar com a sua determinação? Resposta: 80


- Qual o peso que você gostaria de voltar a ter? O peso de "sonho"? Resposta: 68
Fixe estes dois números, eles serão os alicerces para o seu programa de reeducação alimentar. 
Faça uma lista com todas as razões que o levam a querer emagrecer, atenção, inclua nesta lista além do óbvio! (melhor saúde, mais disposição, etc.). Seja verdadeiro consigo mesmo e não se recrimine! (ex. quero ser admirado, quero sentir-me mais atraente, etc.), espalhe pela casa, nos lugares estratégicos! (frigorífico, despensa, etc.);
  • Mude a sua atitude em relação aos alimentos, pequenas mudanças ao longo do tempo, trazem fantásticos resultados! (diminua a quantidade de produtos industrializados, faça opções mais sensatas, etc.);
  • Não  passe o tempo todo pensando nos resultados! O importante e cumprir o compromisso com as mudanças gradualmente implementadas; 
  • Estipule uma data inicial e final para atingir cada um dos dois grandes "marcos" e avalie os resultados (no caso do exemplo 80 quilos e 68 quilos respectivamente); 
  • Coloque pequenas quantidades de alimento na boca e mastigue devagar, somente após 15 a 20 minutos do início da refeição, o cérebro reconhece o processo e envia uma resposta de saciedade;
  • Não "salte" refeições, não passe fome, procure ter consigo quantidades suficientes de frutas, iogurtes magros, barras de cereais; 
  • Beba bastante água ou chá sem açúcar, não tem calorias e desintoxica o corpo;
  • Quando fizer a lista de compras, dê preferência aos alimentos "de verdade", isto é, frutas, legumes, azeite de oliva, ovos, carnes, peixes, queijos magros. Tenha pequenas porções de nozes, castanhas do Pará e outras oleoginosas (ricas em vitaminas, minerais, antioxidantes e gordura de óptima qualidade), ajudam na saciedade e são óptimos para o coração;
  • Pese-se apenas uma vez por semana, sempre no mesmo dia e a mesma hora, de preferência pela manhã após ir a casa de banho e sem roupa, isso irá controlar a sua ansiedade;
  • Faça, se possível, algum tipo de actividade física (dançar é uma óptima opção!), ajuda na perda de peso, melhora o equilíbrio, a flexibilidade e aumenta a auto-estima e o convívio social;
Lembre-se: Não apresse o rio, ele corre sozinho! A motivação é fundamental, não hesite buscar o apoio de um coaching ou terapeuta, que o possa acompanhar neste processo! Em conjunto com outros profissionais você terá toda a assessoria de que precisa para chegar a sua meta!


sábado, 16 de junho de 2012

Reeducação Alimentar


Contrariamente aquilo que o senso comum propaga, para emagrecer é preciso comer!
Ficar muito tempo sem se alimentar, engorda!!!
Quando ficamos mais de três horas sem nos alimentar ou a fazer jejum, o corpo economiza no gasto calórico e o metabolismo, fica mais lento. 
Esse fenómeno vem dos nossos ancestrais. Naquela altura das comunidades primitivas, quando os homens viviam da caça, passavam dias sem ingerir um alimento. O organismo então adaptou-se e passou a economizar... e quando voltamos a comer, a fome é quase  insaciável/incontrolável, o que faz com que comamos demasiado.
Desta maneira, o que ingerimos é armazenado na forma de gordura. O organismo age pela lei da compensação: ele tenta manter uma reserva maior de energia (gordura), para prevenir-se no caso de uma privação.O corpo humano é uma autêntica máquina, com diversos "sensores", "alarmes" e "sistemas" interligados. Pequenos gestos, podem trazer resultados incríveis e duradouros!
Na reeducação alimentar, o que impera é o bom senso e o prazer em comer! É isso mesmo! Para um emagrecimento saudável e sustentável ao longo do tempo, há que ter prazer, porque somente desta maneira, reforçamos positivamente o nosso comportamento.Ou seja, na reeducação alimentar aprendemos a comer! A dedicar mais atenção a nossa alimentação e as nossas necessidades... Aprendemos a ser selectivos, exigentes com aquilo que ingerimos! Não há restrições, somente nos casos onde há indicação médica.

Além dos intervalos, a variedade também é fundamental! Há que ser criativo, curioso e ousado! Misture cores, sabores, aromas! Agora no verão, abuse das saladas! Folhas diversas, molho de iogurte, delícias do mar, muzzarela, azeitonas, cenouras ripadas, ananás! Invente! Faça diferente! 

No programa "BEM ME CUIDO" vai receber todo o apoio e dedicação, para concretizar a sua meta de emagrecimento. Através de técnicas de Coaching, vamos determinas os objectivos e as metas a curto, médio e longo prazo. Vamos utilizar também Programação Neurolinguistica, de modo a direccionarmos os nossos pensamentos e o manter em sintonia com as nossas acções. Temos também a disposição o E.M.D.R, importante ferramenta, para desmontar crenças limitantes, que travam ou impedem o emagrecimento saudável.

Cada um de nós tem necessidades diferentes, sejam elas físicas ou emocionais, além de estilos de vida que precisam ser levados em  conta! Neste processo, aprendemos também a distinguir a "fome física" da "fome emocional" - Assim passamos a dar ao corpo o que é do corpo e a alma, o que é da alma... Os nossos pensamentos, sentimentos, o cansaço, o Stress, muitas vezes direccionam as nossas escolhas alimentares e a quantidade daquilo que ingerimos.

Não tema este processo! Acredite que vale a pena!

"Os sonhos não determinam o lugar em que você vai estar, mas produzem a força necessária para tirá-lo do lugar em que está agora" 

Augusto Cury







domingo, 15 de abril de 2012

Molho que Yogurte com alho

Ingredientes

  • Pepino médio: 1
  • Iogurte natural magro: 1
  • Alho: 2 Dentes
Preparação

Descasque o pepino até meio e rale-o todo à volta até aparecerem as pevides. Esprema bem a polpa para retirar o excesso de sumo que esta larga.
Pique muito bem os dentes de alho e misture ao iogurte e à polpa de pepino. Envolva tudo muito bem.

Sugestões

- Aconselha-se a retirar o soro ao iogurte natural magro, para assim não aguar o molho;
- Utilize este molho saudável em vez de outro molho mais calórico. Pode usar nas saladas, carne, legumes, tostas de pão, etc.

Comentários

Este molho é uma óptima alternativa ao azeite, que embora "muito saudável", tem uma quantidade de calorias a ser considerada, mesmo sem excessos. Na reeducação alimentar é muito importante experimentar novos sabores, consistências e aromas! Apreveite para inovar, reeditar suas receitas preferidas, substituindo os ingredientes mais ricos em gorduras e açúcares, por outros mais saudáveis!

Boa semana para todos os participantes do grupo "Bem Me Cuido!"

 

"Não apresse o Rio, ele corre sozinho"

Barry Stevens




Extraído do site: sabores.sapo.pt

domingo, 18 de março de 2012

Alimentar-se com prazer! Festas e Convívios.


O programa "Bem Me Cuido", cujo foco tem é o "Nutricoaching" e não só, tem sido uma experiência de sucesso e muita gratificação pessoal e profissional.

A pedido de alguns "seguidores" deste programa, que estamos a desenvolver desde Janeiro 2012 - pessoas que engajaram-se neste percurso, rumo a uma nova perspectiva física e emocional, vamos passar a publicar artigos sobre alimentação saudável, receitas deliciosas e muitas outras dicas! Queremos antes de tudo, que este "espaço" sirva de partilha e motivação!

Hoje o tema são as "Festas de anos" e "Convívios"... A maioria das pessoas conseguem fazer uso do método de reeducação alimentar, sem quaisquer dificuldades no decorrer da semana, porque geralmente, passam a alimentar-se com muito mais qualidade e frequência, sentindo-se saciadas e alimentadas, no decorrer de todo o dia. As dificuldades surgem frente às Festas e Convívios, principalmente quando realizadas, nas casas de outras pessoas...

Uma dica importante é alimentar-se adequadamente no decorrer do dia, com alimentos de baixas calorias; ingestão de frutas, legumes, iogurtes, bolachas ricas em fibras, proteínas, líquidos (água, chás, sumos light, etc). Evitar o consumo de alimentos, "para poder abusar" um bocadinho na festa, não é uma boa opção. Quando estamos com fome, não conseguimos ser seletivos... e acabamos por ingerir alimentos, dos quais nem gostamos tanto assim! O nosso comportamento é muitas vezes "automatizado", temos determinados hábitos e por isso nunca nos questionamos acerca deles.

Assim sendo, antes de sair de casa, coma uma peça de fruta, tome um copo de chá, sumo ou água. No local, observe o que há sobre a mesa, avalie os alimentos, o aspecto, o aroma... Não coma assim que chegar! Lembre-se: você não está com "fome física", está apenas "condicionado" a comer, quando diante de alimentos! Apreveite para conversar, interagir, partilhar experiências, afinal as pessoas gostam de festas, também pelo convívio!

Entre as bebidas, dê preferência a uma taça de vinho tinto, ou aos refrigerantes e chás, sem açúcar (leve-os na sua mala, ou se for homem, numa saca) e não tenha vergonha em consumí-los! Lembre-se: você é a pessoa mais importante deste percurso! Dê preferência aos alimentos assados, ao invés de fritos... Substitua os queijos, amendoins, por torradas com patê de atum ou delícias do mar, azeitonas, tremoços... Caso seja possível, ao invés de "picar", faça mesmo um prato e mentalmente, o divida em 4 partes... um bocado de hidratos de carbono (pão, torradas, "bôla" de carne), uma parte de proteínas (febra, carne de vaca ou frango) e duas partes de fibras e saladas verdes (alface, tomate, brotos, etc.) ou frutas. Coma "de-va-gar!", com prazer, saboreando cada bocado.

Entre as garfadas, procure ingerir pequenos goles de água, pouse os talheres... O cérebro leva cerca de 15 a 20 minutos, para registar que o estômago está cheio. Portanto, quanto mais rápido você se alimentar, mais tenderá a comer e a engordar.

Na hora da sobremesa, faça novamente escolhas, observe e veja realmente, aquilo que apetece "mesmo" provar! Coloque num prato, uma pequena porção de bolo, tarte, etc... complete com frutas, frutos secos, etc... As gelatinas são também ótimas opções!

Desfrute com prazer! Sempre sem culpa, ajustando o método, os alimentos disponíveis e o apetite!

Boa semana! Sucessos!


Receita da Semana:

Salada Primavera, com camarões, servida no ananás

Esta salada é uma delícia, muito fresca e completa! Fiz outro dia em casa e ficou muito apetitosa! Os amigos adoraram!

Ingredientes:

1 ananás
folhas verdes (alface, rúcula, etc.)
cenoura ripada
nozes picadas
sal, pimenta
azeite, limão
camarões cozidos, salteados no azeite, com alhos

Modo de preparo:

Corte o ananás ao meio e com uma faca "afiada", corte o fruto aos cubos, deixando a casca intacta, de cabeça para baixo, a escorrer;
Misture os cubos de ananas, juntamente com a folhas verdes, a cenoura ripada, tempere com azeite, limão, sal, pimenta preta, junte as nozes e coloque na casca do ananás, onde será servido;
Coloque por cima os camarões salteados previamente no azeite, com alhos;
Sirva com pão de cereias e bom apetite!!!!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Programa de Reeducação Alimentar, Comportamental e Emocional (emagrecimento sustentável)

REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

Na reeducação alimentar, aprendemos que não é preciso deixar de comer tudo aquilo de que gostamos e que "passar fome" não é definitivamente o caminho. Também não significa comer somente frutas, hortaliças, legumes e verduras. É preciso reaprender, reajustar e redefinir a nossa relação com a alimentação. Permitir-se comer de tudo, sem exageros e principalmente, sem culpa! É justamente esta variedade e equilíbrio, que nos leva a perder peso de forma gradual, saudável e sustentável.

Pensando nisso, em parceria com outros profissionais, desenvolvemos o Programa “Bem-Me-Cuido” – planeado para fornecer todas as ferramentas necessárias para ajudar às pessoas com dificuldades, em relação à alimentação (sobrepeso e obesidade). O programa completo é constituído por aconselhamento e técnicas de Coaching, aplicação do E.M.D.R* e método de reeducação alimentar, desenvolvido por nutricionistas.

Dentre os temas abordados:

· Reeducação alimentar – escolhas inteligentes, resultados surpreendentes! Programa desenvolvido por nutricionistas – “Somos aquilo que comemos” – alimentos nutritivos, ricos em sabores. Receitas apetitosas, ricas em nutrientes e de baixas calorias;
· Imagem corporal – A imagem corporal está relacionada com a auto-estima, auto-imagem e o auto-conceito. As "crenças sobre o corpo ideal", bem como a imagem que temos internalizada e representativa do nosso corpo;
· Crenças limitantes – As crenças limitantes estão arraigadas no inconsciente e atuam na preservação de hábitos, que dificultam a obtenção dos objetivos de emagrecimento. Por exemplo: “ser gordo é sinal de saúde”, ou “ninguém pode ter tudo na vida” ou “quando se está bem é sinal que vem alguma desgraça” etc. Nesses casos o inconsciente pode utilizar a obesidade, como forma de proteção;
· Hábitos – Ao longo dos anos estabelecemos alguns costumes que podem nos prejuicar na manutenção do peso aconselhavel;
· Ansiedade – A ansiedade leva, por compensação, a buscarmos nos alimentos uma redução da tensão emocional;
· Stress - Durante o período em que se está sob Stress, o organismo produz mais adrenalina, elevando as taxas de açúcar no sangue. Para reduzir a quantidade excessiva de açúcar, o organismo produz insulina, transformando o açúcar em gordura. Dessa forma cria-se um ciclo vicioso: Stress → adrenalina → insulina → gordura; 
· Depressão – Em pessoas deprimidas ou com outros tipos de privação (afetiva, emocional, social), a comida pode atuar de modo compensatório, favorecendo cronicamente o ganho de peso;
· Autopunição – As pessoas que exercem uma censura rígida quanto aos seus códigos de valores, podem ser levadas à necessidade de se autopunir, quando suas atitudes, pensamentos e desejos, estão em desacordo com sua filosofia;
· Assertividade – a falta de assertividade, pode dificultar ao indivíduo agir em conformidade com sua vontade e acabar por não cumprir o que estabeleceu para si mesmo. Ao não ser capaz de impor limites aos outros, muitas vezes também não os impõe a si próprio;
· Medos – A função do medo é a preservação  - gera uma actitude de proteção ou evitação. O problema ocorre quando esse medo é deslocado para o alívio de tensões.
1. São comuns casos em que a obesidade está ligada a abusos físicos, psiquicos ou sexuais, ocorridos na infância ou adolescência, que podem ocasionar o medo pela intimidade;
2. A insatisfação na relação conjugal ou com a sexualidade, pode levar inconscientemente à obesidade, como forma de evitar a infidelidade;
3. Medo relacionado às crenças limitantes, ou seja, se temos uma crença de que “ser gordo é sinal de saúde”, inconsciente, temos o medo de que se emagrecermos, ficamos doentes...
Quando essas questões não são elaboradas, podem actuar como um “travão" às pretensões de um emagrecimento saudável.

É por isso que a reeducação alimentar precisa de ser feita também a nível cerebral. Precisamos viabilizar novos caminhos “neuronais” dentro do nosso cérebro e isto é gradativo.

Um exemplo prático é quando mudamos algum móvel do sítio… Quantas vezes vamos fazer o caminho antigo, onde estava o móvel dantes? Muitas vezes. Por que este “caminho” está gravado no nosso cérebro, este caminho neuronal é automático. Todavia, gradativamente, passamos a construir novas conexões em nosso cérebro, que se vai consolidar, a medida que repetimos o novo percurso, até ao sítio onde o móvel está agora… assim, a antiga conexão se vai enfraquecendo, até desaparecer.

É assim que se formam novos hábitos, o que era novo passa a ser algo comum e automático, que se integra ao nosso dia-a-dia.

Eu sei que as mudanças são possíveis, porque sempre tive excesso de peso e lutei constantemente contra isso! O tal “efeito sanfona” esteve presente em quase todas as fases da minha vida, da infância à adolescência e idade adulta… Nos últimos 16 meses emagreci 34 quilos e voltei a vestir roupas, que já não usava, desde antes da gravidez… Passei do n.º 46 para o n.º 38, mas muito mais que apenas uma silhueta elegante, estou satisfeita por desta vez estar a vivenciar um processo de emagrecimento saudável, sustentável e ecológico!    

Mas para alcançarmos os resultados pretendidos, ao longo do precurso de aprendizado, precisamos de motivação, estímulo e muita paciência! Ter bons pensamentos em relação a si e aos outros e uma conduta positiva em relação às mudanças, sobretudo na alimentação. Estabeleça prioridades e siga sua vida de acordo com elas!

Acredite em você!

"Estou a disposição para responder pessoalmente, a  todos os emails remetidos para: psicologia.vivamelhor@gmail.com"



Agosto 2010 - 100kg
Janeiro 2012 - 66kg

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aspectos Emocionais e Comportamentais da Obesidade e Sobrepeso

Porque a maioria das pessoas que “emagrecem”, não conseguem manter o peso alcançado, a médio e longo prazo???
 Aspectos Emocionais da Obesidade e Sobrepeso.
A prevalência de sobrepeso e obesidade  vem  aumentando  rapidamente no mundo,   sendo
considerado um importante problema de saúde pública, tanto para países desenvolvidos como em desenvolvimento. Em 2002, estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontavam para a existência de mais de um bilhão de adultos com excesso de peso, sendo 300 milhões considerados obesos.

A obesidade é uma doença crónica, que envolve factores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal resultante do desequilíbrio energético prolongado, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias e/ou inactividade física.

Os factores genéticos desempenham papel importante na determinação da susceptibilidade do indivíduo para o ganho de peso, porém são os factores ambientais e de estilo de vida, tais como hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, que geralmente levam a um balanço energético positivo, favorecendo o surgimento da obesidade.

O sobrepeso e a obesidade contribuem de forma importante para a carga de doenças crónicas e incapacidades. As consequências para a saúde associadas a estes factores vão desde condições debilitantes que afectam a qualidade de vida, tais como a osteoartrite, dificuldades respiratórias, problemas músculo-esqueléticos, problemas de pele e infertilidade, até condições graves como doenças coronárias, diabetes tipo 2 e certos tipos de cancro.

O sobrepeso e a obesidade também estão associados a distúrbios psicológicos, incluindo depressão, distúrbios alimentares, imagem corporal distorcida e baixa auto-estima. As prevalências de ansiedade e depressão são de três a quatro vezes mais altas entre indivíduos obesos. Além disso, indivíduos obesos também são estigmatizados e sofrem discriminação social. Apesar de as comorbidades associadas ao sobrepeso e à obesidade serem mais frequentes em adultos, algumas delas, como diabetes tipo 2, hipercolesterolemia, hipertensão arterial e problemas ortopédicos, também têm sido observadas em crianças e adolescentes com excesso de peso. Estima-se que adolescentes com excesso de peso tenham 70% de probabilidade de se tornarem adultos com sobrepeso ou obesos.

Além das consequências para a saúde, o sobrepeso e a obesidade também acarretam consequências socioeconómicas substanciais. Os custos do excesso de peso para os sistemas de saúde são altos e podem ser directos e indirectos. Os directos envolvem gastos com o tratamento da obesidade e suas consequências. Entre os indirectos, encontram-se a perda de renda pela redução da produtividade e do absenteísmo, devido à doença ou incapacidade e a perda de renda futura, devido a mortes prematuras. De acordo com estimativas da International Obesity Task Force, o custo directo atribuído à obesidade em países industrializados, representa de 2% a 8 % do gasto total com a atenção à saúde.


Entretanto, o facto destas e de tantas outras informações serem de conhecimento da grande maioria das pessoas, pouco ou nada contribuem para alterarmos nossos hábitos... Por que isso acontece???  Primeiro porque alterar hábitos é algo extremamente complexo, uma vez que exige formas de “Ser” e “Estar” diferentes daquelas aprendidas, ou seja, exige um repertório de novas estratégias de Coping ou enfrentamento; por outro lado, a alimentação envolve uma série de elementos não apenas culturais, sociais e de hábitos, como também afectivos e emocionais.
Em todas as culturas, o alimento tem papel de destaque. Nós, seres humanos, desde o nosso primeiro contacto com o alimento - durante a amamentação - recebemos, além da nutrição, o calor, o toque, a voz suave e o carinho de alguém que nos nutre física e emocionalmente. Ao  longo da nossa existência, as relações com os alimentos continuam permeadas por sentimentos, por exemplo, quando alguém nos prepara um delicioso bolo ou lanche… Os alimentos, vão adquirindo valor sentimental também em celebrações que reúnem a família em torno da mesa, como a Páscoa, ou a ceia de Natal. Do mesmo modo, o alimento passa a constituir demonstração de afecto no ato de presentear quem se ama com bombons ou chocolates, ou ainda, na preparação de um prato especial, numa data marcante (aniversários, bodas, etc.), e por fim o carácter social, do convívio e troca de experiências em volta de uma mesa ou barbecue…

Desta forma, a relação do homem com o alimento adquire significados que vão muito além do simples valor nutricional. Muitas vezes, a comida ou o acto de comer, se tornam a principal maneira de lidarmos com as nossas emoções.

Assim, comemos quando estamos ansiosos, preocupados, tristes, com raiva, cansados, desmotivados, ou quando não nos sentimos bem, quando nossa auto-estima está rebaixada...
Isso significa atribuir à comida funções que não podem ser supridas por ela, como aplacar desconfortos, frustrações, solidão ou ociosidade. O alimento é uma maneira fácil, de “baixo custo” e imediata de obtenção do prazer.

No caso de sobrepeso/obesidade, emagrecer não é uma questão apenas de controlo alimentar, mas uma busca pelo equilíbrio e maturidade emocionais. O controlo alimentar e a actividade física são muito importantes para se obter sucesso no emagrecimento, todavia, na maioria das vezes, não são suficientes para manter o peso dentro dos limites saudáveis. Dietas restringem temporariamente a alimentação, mas não ensinam a lidar com a ansiedade e o sentimento de “vazio”, decorrentes não apenas das mudanças alimentares, mas da nossa incapacidade de obter satisfação, através de outros meios. Há que se alterar a equação Culpa X Prazer, porque existem outras formas de gratificação…

Desse modo, o processo de emagrecer envolve tanto o aspecto físico, comportamental, como o emocional.

“O prazer de emagrecer e se manter saudável e activo, supera o prazer de comer em excesso”

É necessária a construção de uma identidade “magra”, onde gradativamente desenvolvemos uma nova atitude em relação a nós próprios e aos alimentos; saber quando, quanto e o que comer, assumindo responsabilidade pelo processo de emagrecimento. Identificar objectivos claros e significativos, que sejam subjacentes ao prazer momentâneo, proporcionado pela comida em excesso.