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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

EXCELENTE ARTIGO SOBRE DEPRESSÃO! Em busca da cura.



As estimativas variam. Mas sem nos deixarmos seduzir pelo exagero, é muito provável que pelo menos um em cada dez de nós enfrente a depressão em algum momento da vida. Os sintomas são cruéis: incluem perda de interesse na vida, insônia, impotência, exaustão crônica e até mesmo aumento do risco de doenças, como cardiopatias. A [...]

As estimativas variam. Mas sem nos deixarmos seduzir pelo exagero, é muito provável que pelo menos um em cada dez de nós enfrente a depressão em algum momento da vida. Os sintomas são cruéis: incluem perda de interesse na vida, insônia, impotência, exaustão crônica e até mesmo aumento do risco de doenças, como cardiopatias. A patologia também leva ao isolamento, uma tendência agravada ainda mais pelo estigma associado ao quadro, o que faz com que tanta gente evite procurar tratamento. Quando não tratada, a depressão pode levar ao suicídio – a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada 40 segundos uma pessoa atente contra a própria vida de forma direta. Todos esses fatores contribuem para que quadros depressivos sejam hoje considerados como principal causa de incapacitação.

Mas, afinal, o que leva alguém à depressão? A questão, tão complexa, pode ser compreendida sob vários olhares. Fatores genéticos e experiências vividas com pais na infância podem ter grande influência para o aparecimento da doença. Nada disso, porém, determina com certeza que a pessoa apresentará sintomas. Há características específicas de cada um que fazem com que pessoas diferentes reajam de formas diversas às mesmas experiências (veja artigo na pág. 22). Para a psicanálise, a depressão pode ser entendida como o rompimento da rede de sentidos e amparo. “É o momento em que o psiquismo falha em sua atividade ilusionista e deixa entrever o vazio que nos cerca, ou o vazio que o trabalho psíquico tenta cercar; é o momento de um enfrentamento insuportável com a verdade”, afirma a psicanalista Maria Rita Khel, autora do livro O tempo e o cão (Boitempo), ganhador do prêmio Jabuti de melhor livro do ano de não ficção em 2010, que trata do tema da depressão. Algumas pessoas conseguem evitá-lo a vida toda, outras passam por ele em circunstâncias traumáticas e saem do outro lado. “Mas há os que não conhecem outro modo de existir; são órfãos da proteção imaginária do ‘amor’, trapezistas que oscilam no ar sem nenhuma rede protetora embaixo deles.”

O escritor americano Andrew Solomon, autor do livro O demônio do meio-dia (2002), no qual discorre amplamente sobre a depressão, escreve: “A depressão é uma imperfeição do amor”. Por cinco anos ele pesquisou a patologia – relatos de pacientes, causas e efeitos, tratamentos, hipóteses bioquímicas, estatísticas. Recolheu histórias de vida de dezenas de pessoas que passaram por crises depressivas. O trabalho é embasado em sua própria vivência de episódios de depressão.

Do ponto de vista estritamente biológico, há consenso de que a patologia resulta de um desequilíbrio químico no cérebro. E a serotonina é o principal “suspeito” de ser o vilão da história, já que muitos estudos têm relacionado a depressão a baixos níveis do neurotransmissor, o que dificulta a propagação de mensagens através das sinapses (os pequenos espaços entre os neurônios).

A teoria era de que um aumento nos níveis de serotonina deve retornar dinâmica neural e o humor para níveis “normais”. O primeiro medicamento baseado na hipótese de serotonina – fluoxetina, mais conhecida como Prozac – foi lançado no final dos anos 80 e quase todos os antidepressivos subsequentes têm operado com o mesmo princípio geral: manter os níveis de serotonina elevados, impedindo o cérebro de reabsorvê-los.

Mas há um porém: embora tais drogas permaneçam como ferramentas importantes no combate da depressão, esses produtos parecem estar ficando cada vez menos eficazes. Há duas décadas 1,5% da população dos Estados Unidos sofria de depressões que exigiam tratamento. Hoje, esse número subiu para 5%. Parece impossível não se perguntar se a doença cresce com o desenvolvimento da medicina ou se a indústria farmacêutica produz as doenças para os remédios que desenvolve, do mesmo modo que outros ramos empresariais criam mercados para seus produtos.

Estudos clínicos desenvolvidos entre 1980 e 1990 indicaram que essas drogas ajudariam em torno de 85% dos pacientes a entrar em remissão. Mas os estudos na década de 2000 mostraram que os antidepressivos-padrão funcionam apenas em 60% a 70% dos casos – um declínio ressaltado quando o Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), em Bethesda, Maryland, publicou os resultados de uma ampla pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos. Ao contrário de inúmeros ensaios farmacêuticos – que muitas vezes “filtram” participantes – este foi o primeiro a medir a eficácia dos antidepressivos em uma amostra da população do mundo real.

O que pode explicar a aparente diminuição na potência de antidepressivos? Talvez os próprios fármacos nunca tenham sido tão eficazes como foi apregoado pela mídia. Para aprovar determinado medicamento, a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, só requer dois estudos de grande escala para verificar se a droga é superior a um placebo. No entanto, as empresas farmacêuticas não têm obrigação de fornecer ao FDA todos os estudos que realizaram, apenas os positivos.

Se de um lado pesquisas recentes trazem resultados preocupantes, de outro é inegável que para inúmeras pessoas que sofrem de formas mais graves da patologia os medicamentos se caracterizam como sinal de esperança – ainda que não sejam soluções definitivas e prontas como tantos anseiam. Mesmo sabendo já de antemão que novos produtos não funcionarão igualmente bem para todos, eles trazem alguma esperança.

Uma dessas substâncias, ainda em estudo, voltada para pacientes resistentes aos antidepressivos é a cetamina (ou quetamina), anestésico já usado de maneira ilícita como alucinógeno. No maior estudo clínico até o momento, com 72 participantes, pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, no hospital da Universidade Monte Sinai, em Nova York, descobriram que pessoas que não conseguiram responder a nenhum outro tratamento experimentaram alívio de pensamentos suicidas.

Cientistas ainda não sabem precisar o risco da droga, nem quando estará liberada para consumo, mas estudos mostram que, aplicada por meio de injeção, tem potencial de desbloquear receptores de glutamato (neurotransmissores que estimulam as sinapses e, segundo vários pesquisadores, têm níveis muito baixos no cérebro de pessoas deprimidas). Uma vantagem da droga é fazer efeito em menos de uma hora, principalmente considerando que os antidepressivos que existem atualmente no mercado levam pelo menos 15 dias para começar a fazer efeito – uma eternidade para quem está mergulhado no sofrimento. O glutamato desempenha papel fundamental no cérebro, favorecendo processos complexos como aprendizagem, motivação e memória e plasticidade. Vários pesquisadores acreditam que os níveis de glutamato são muito baixos no cérebro da pessoa deprimida, assim como acontece com os de serotonina.

Mas é aí que termina a semelhança. Em vez de simplesmente ajudar no transporte de mensagens entre os neurônios, o neurotransmissor pode influir na plasticidade, contribuindo para incrementar a capacidade de reparação dos neurônios. Essa hipótese é coerente com uma teoria que vem ganhando destaque nos últimos anos, segundo a qual a depressão faz com que alguns dos prolongamentos das extremidades dos neurônios, os dendritos, tendam a murchar. É como se as sinapses se tornassem “pontes quebradas”, o que impede a transmissão das mensagens. Entre outras evidências para apoiar essa teoria está a constatação de que cada episódio sucessivo de depressão parece deixar as pessoas mais vulneráveis a um episódio subsequente.

Outra técnica experimental no Brasil, que também acena como perspectiva para pessoas em estado grave, que não respondem a outros tratamentos, é a estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês). Nesse caso, os médicos colocam cirurgicamente dois eletrodos no cérebro. Os dispositivos, ligados a uma bateria presa ao tronco do paciente, enviam impulsos elétricos constantes. A proposta é que a estimulação promova a liberação de neurotransmissores, causando a diminuição dos sintomas.

Já a estimulação magnética transcraniana (EMT) superficial, reconhecida há um ano no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina, favorece a circulação sanguínea por meio da ação de ondas eletromagnéticas. Indolor e não invasivo, o tratamento estimula a atividade cerebral e é indicado para pessoas que não respondem aos medicamentos nem às psicoterapias. Atualmente pesquisadores estão testando também formas profundas de estimulação.

Ao mesmo tempo, inúmeros estudos já demonstraram que no caso de depressões leves – as mais comuns – o desempenho dos antidepressivos equivale ao do placebo (substância neutra que pode desencadear efeitos psicológicos que tendem a não se manter). Diante disso, cada vez mais psicólogos, médicos e outros profissionais da área da saúde se dão conta de que uma única intervenção pode ser pouco para aliviar o sofrimento dos pacientes: a associação de vários tratamentos, que se adequem a cada pessoa, parece ser o mais eficaz. Nesse sentido, a psicoterapia aparece como um caminho fundamental na busca da saúde.

Há, por exemplo, psicólogos que defendem a ideia de que deprimidos crônicos tendem a se sentir desamparados ao entrar em contato com outras pessoas – e esse sintoma frequentemente tem raízes nas experiências de negligência emocional nos primeiros anos de vida. Assim, trabalham com o objetivo de familiarizar esses pacientes com experiências interpessoais, ajudando-os a perceber que a forma como agem causa efeito nas outras pessoas e no ambiente. Para tanto, em vários momentos o psicoterapeuta diz à pessoa como se sente em relação aos comportamentos dela. Seguindo essa linha, o psicólogo James McCullough, da Universidade Virginia Commonwealth, em Richmond, desenvolveu uma abordagem embasada na teoria do psicólogo suíço Jean Piaget, priorizando o desenvolvimento de habilidades sociais. O sistema de psicoterapia análise cognitivo-comportamental (CBASP, sigla em inglês de cognitive behavioral analysis system of psychotherapy) foi criado nos anos 70, mas somente em 2000 foi divulgada uma orientação prática para psicoterapeutas. McCullough argumenta que pacientes com depressão crônica muitas vezes se mantêm em um estágio anterior do desenvolvimento social e interpessoal: a fase pré-operatória, que, segundo Piaget, engloba do segundo ao sétimo ano de vida.

Nessa idade, as crianças ainda pensam de forma autocentrada, não conseguem se colocar intelectual e emocionalmente na perspectiva de outra pessoa de forma aprofundada. -McCullough relatou que seus pacientes com depressão crônica tinham baixa capacidade de avaliar o efeito de seu comportamento sobre as pessoas. Em sua opinião, isso reforçaria neles a impressão de não conseguir influenciar os outros, o que lhes causaria a sensação de estarem indefesos, à mercê do meio ambiente.

O procedimento prevê que o terapeuta se coloque de forma ativa, sem pretensão de manter a neutralidade, apresentando suas ideias e sentimentos – diferentemente do que em geral ocorre na terapia clássica. Tradicionalmente, a psicoterapia busca modificar vivências fora da relação terapêutica, como conflitos no trabalho ou lembranças de um acontecimento traumático. Mas o paciente costuma transpor suas experiências de aprendizagem anteriores para muitas pessoas – especialmente para o terapeuta. O conceito de transferência foi desenvolvido por Sigmund Freud no início do século passado e desde então vem sendo aprofundado por vários psicanalistas. Embora adeptos de outras abordagens – como a terapia cognitivo-comportamental – muitas vezes combatam as ideias propostas pela psicanálise, o CBASP toma por base esse movimento psíquico e propõe que o próprio terapeuta estimule o desencadeamento de pensamentos, sentimentos e comportamentos depressivos no paciente – com o intuito de modificar padrões de reação inadequados.

Nessa abordagem, ao relatar as próprias reações ao comportamento dos pacientes, o psicoterapeuta espera que as pessoas percebam que quando agem de forma depreciativa e hostil normalmente causam consternação ou irritação nos outros. Além disso, se dão conta de que, com atitudes simpáticas e generosas, despertam desejo de proximidade e gratidão e ainda notam que têm mais chances de obter ajuda com pedidos francos de apoio. No decorrer da terapia, o paciente reconhece que o terapeuta se comporta de forma diferente das pessoas de referência marcantes de sua infância.

O fato é que, qualquer que seja o caminho para reverter ou atenuar os sintomas depressivos, ele possivelmente não será definitivo e, menos ainda, milagroso. Entregar-se ao processo psicoterapêutico requer comprometimento, bem como a adesão ao tratamento medicamentoso, ou mesmo a busca de técnicas usadas para formas mais graves de depressão. Não há dúvida de que seria muito prático comprar na farmácia um frasco com “cápsulas da felicidade”, como há 20 ou 30 anos sonhávamos que seria possível – hoje, no entanto, se sabe que esse é um cenário distante. Cada vez mais, o cuidado consigo mesmo, a meditação e a prática frequente de exercícios físicos são valorizados. E se além de levar em conta esses caminhos em direção a si for possível aceitar que há momentos em que (na contramão do que insistentemente apregoa a mídia) o mais saudável mesmo é ficar quietinho no próprio canto – e triste, por que não? –, melhor ainda. Talvez a postura ensimesmada ajude a compreender que mais do que buscar soluções prontas é necessário construir possibilidades de bem-estar. Sim, pois elas não vêm prontas. E, por incrível que pareça, há momentos (e casos) em que não brigar com a depressão pode ser a melhor forma de combater essa ameaça.

Extraído do site: http://blogs.estadao.com.br/pensar-psi/em-busca-da-cura-da-depressao/


sábado, 15 de junho de 2013

Depressão e obesidade, complexa correlação!





depressão está na balança e bem acima do peso. A obesidade foi parar no divã e os quilos a mais estão recheados de tristeza e abatimento. Os médicos das mais diversas especialidades corroboram que uma doença está fortemente associada à outra. Aproximadamente 30% das pessoas que procuram tratamento para emagrecer apresentam depressão. 

Em comparação com os magros, quem sofre com o excesso de peso apresenta até três vezes mais risco de, em alguma fase da vida, ficar deprimido. A depressão pode ter como sintoma o aumento do apetite e, até mesmo, incontroláveis compulsões por comida. São as chamadas farras alimentares, episódios em que o indivíduo ingere grandes quantidades de alimentos e depois arrepende-se...

"Rolha de poço", "baleia" ou simplesmente "gordo"... é quase certo que quem teve problemas de peso durante o período escolar sofreu com apelidos nada carinhosos, como esses. Na vida adulta, embora o convívio social seja mais polido e politicamente correto, o preconceito continua. O obeso não cabe na cadeira do cinema, é motivo de piada entre os amigos e está fora do padrão de beleza. Sente-se deslocado e o risco de desenvolver males do trato emocional é maior. A pessoa fica insatisfeita com a própria imagem e tem receio de determinados convívios sociais, como por exemplo ir à praia.

A apatia, a sonolência, as dores no corpo, o desânimo e a fadiga, muitas vezes já existentes em decorrência do acúmulo de gordura no corpo, tornam-se mais frequentes e são absorvidos como características de personalidade pelo próprio indivíduo. Pronto, a depressão pode estar instalada. O aparecimento dessa doença é mais comum em jovens e mulheres com obesidade severa, o tipo mais grave do problema. A combinação é explosiva: torna o tratamento ainda mais difícil e intensifica a gravidade de ambos os males.

Surge, a partir daí, uma espécie de ciclo gorduroso. A pessoa come para compensar a tristeza e, simultaneamente, a prostração gera mais barriga. Internamente, no organismo, a depressão aumenta a circulação do cortisol. Essa substância, que também é conhecida por hormona do Stress, pode induzir ao acumulo de células de gordura na região abdominal. Além disso, a melancolia profunda reduz a produção de outros dois hormónios, a serotonina e a noradrenalina. O resultado dessa disfunção é aquela vontade louca de comer hidratos de carbono, isto é doces, pães e massas.


Nesse jogo de cartas marcadas, quem pode dar o ar da graça é a síndrome metabólica, um transtorno que combina o excesso de peso com doenças do coração e a resistência à insulina distúrbio que precede o diabete tipo 2. "A associação entre problemas mentais e a síndrome é bem frequente". Para liquidar com todos esses males e evitar que se agravem, é preciso contar com um time de especialistas. "É um combate multidisciplinar, que envolve psicólogos, nutricionistas e muita atividade física" Seria o jeito de descartar ambas as doenças em uma só jogada. "Tratar a depressão melhora a adesão e os resultados do tratamento da obesidade".

Vale lembrar que muitos antidepressivos levam ao aumento de peso e do apetite. Então, antes de se encher de cápsulas para mandar a tristeza embora, é bom conversar com o médico para averiguar as opções que não vão empurrar os quilos lá para cima. Exercício físico, aliás, é fundamental. Ele eleva o gasto energético e melhora o humor. Aí, depressão e obesidade se transformam em cartas fora do baralho.

Você come muito por que está deprimido?
Cerca de 40% dos obesos têm o transtorno do comer compulsivo, o famoso comer até passar mal. Desse total, 3/4 deles têm, tiveram ou vão ter depressão.

Você fica deprimido por que come muito?
Substâncias liberadas em excesso pelo organismo de quem tem depressão, como o glucagon, um hormónio que aumenta a taxa de açúcar no sangue, levam à obesidade abdominal.

Cirurgia bariátrica pode ajudar
A cirurgia bariátrica, que corta parte do aparelho digestivo, é a saída em alguns casos de obesidade severa. Ela prolonga a expectativa de vida em até 15 anos, diz o cirurgião José Pareja, professor da Universidade de Campinas, no interior de São Paulo.


Mas, segundo pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, entre os operados há um alto índice de suicídios. Eles analisaram mais de 16 mil obesos que passaram pelo bisturi. Desses, 16 se mataram, uma taxa cinco vezes maior que a considerada normal para os americanos. É preciso fazer um acompanhamento psicológico antes e depois da cirurgia. Afinal, a pessoa perde sua principal fonte de prazer: comer! Resultado, um terço dos operados entra em forte depressão.

Câncer e emoções
Nas últimas décadas, inúmeros estudos apontaram ainda que as emoções têm relação com os índices de tumores de mama. Estados depressivos, por exemplo, podem alterar o comportamento dos glóbulos de defesa do nosso sangue, que, entre outras atividades, são responsáveis por impedir a proliferação de células que sofreram mutações, o estopim dos tumores.

Queime calorias com dieta equilibrada e exercício
O que fornece energia ao organismo são os macronutrientes, diz a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Ela se refere a três tipos de moléculas contidas nos alimentos: proteína, lipídio e carboidrato que fornecem quantidades diferentes do combustível. Basta 1 grama de gordura para render 9 kcal. Já as mesmas porções de proteína e de carboidrato fornecem 4 kcal cada uma.


Uma dieta saudável, segundo a OMS, tem aproximadamente 55% de carboidrato, no máximo 30% de gordura e pelo menos 15% de proteína. As células queimam primeiro os açúcares obtidos do carboidrato e, depois, os da gordura, ensina o fisioendocrinologista Fábio Bessa Lima, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.



Para eliminar a abundância de energia em forma de pneuzinhos, basta inverter o tal balanço energético. Ele tem que ser negativo, caso contrário não se consegue queimar as gorduras, diz Mariana Del Bosco. Traçando outro paralelo com a linguagem dos economistas, para trocar o sinal desse balanço é preciso transformar o superávit em déficit, isto é, passar a gastar um pouco mais de energia do que aquela que se consome.



Em média, deixar de ingerir diariamente 600 quilocalorias significa mandar embora meio quilo por semana, salienta Mariana. E é bom ressaltar, ainda, que 75% dos gramas perdidos são gordura e o restante é massa magra. Isso quer dizer que, por mais que seu objetivo seja perder apenas as sobras, um pouco da musculatura também vai embora. Por isso é que não adianta só fechar a boca. É preciso se mexer para compensar. A principal forma de equilibrar o balanço ou deixá-lo negativo de um modo saudável é fazer exercício físico.



Você mesmo pode calcular seu gasto calórico. Em uma corrida, por exemplo, basta multiplicar o seu peso pela distância percorrida. Se você está com 70 quilos e acabou de atravessar 4 quilómetros no parque, consumiu 280 kcal. Mas não leve essa equação tão a sério. Embora ela também seja usada nas esteiras e nas bicicletas ergométricas, no fundo o gasto energético difere de pessoa para pessoa.Quem tem o metabolismo mais lento queima menos calorias do que isso. Outro item a ser levado em conta é o condicionamento físico. O corpo de quem já está acostumado a realizar aquela atividade é mais econômico, isto é, despende menos energia para fazê-la.

Pensando em todos esses aspectos, a Psicologia Viva Melhor criou o Programa "BEM ME CUIDO", saiba mais em: http://psicologiavivamelhor.blogspot.pt/2012/01/programa-de-reeducacao-alimentar.html


Extraído do site Saúde Abril:

sábado, 23 de abril de 2011

Conflitos conjugais e desemprego são grandes causas de depressão

A mulher tem mais facilidade em expressar as emoções e até reconhece quando precisa de ajuda. Esse é um dos factores que explica que haja mais mulheres do que homens com depressão diagnosticada.

As alterações hormonais típicas da menstruação, do período pós-parto e da menopausa também contribuem para a aparente maior incidência da doença nas mulheres. «Nos homens há mais resistência para procurar acompanhamento».

Mas a razão pela qual a depressão atinge uns e não outros em semelhantes situações de fragilidade não é clara. No entanto, sabe-se que os seus principais desencadeadores são uma predisposição genética e situações de stresse psicosocial – como conflitos conjugais ou desemprego.

O estado de «vulnerabilidade constante é uma espécie de pólvora, se ninguém lhe encostar um fósforo, esta não arde».
 
Apesar de os sintomas mais conhecidos serem a tristeza, sensação de vazio, desânimo e diminuição dos campos de interesse, para muitos doentes a depressão traduz-se de forma física – alterações nos padrões de sono, cansaço
constante e até dor.

Diagnóstico só após cinco anos

De acordo com o primeiro estudo nacional de saúde mental apresentado no
ano de 2010, o diagnóstico só é feito, em média, cinco anos após os primeiros
sintomas. Uma das razões para este atraso é o estigma que ainda existe, associado às doenças mentais e que pode provocar muitas vezes, a desvalorização dos sinais de uma crise.

O conhecimento atempado da depressão tem influência no resultado do tratamento: «Quanto mais tempo o doente demora até um correcto diagnóstico, mais díficil é a remissão ou a cura e mais custos sociais serão esperados».

Porém é importante distinguir «os estados de tristeza pontuais reactivos a uma situação adversa» dos episódios depressivos. «Esta é uma doença que se traduz num conjunto de sintomas que se manifestam num período alargado de tempo».

"Não desvalorize estes sintomas; procure um médico ou psicólogo especializado"

Parte deste texto foi extraído do site "A Depressão Dói"

A Depressão Doi

Causas


Há várias teorias explicativas para o aparecimento da depressão mas, apesar
da investigação desenvolvida, persistem dúvidas relativamente à origem.
Actualmente, a depressão é referida como uma doença multifactorial, ou seja, 
com várias causas envolvidas no seu aparecimento.

Algumas teorias referem uma explicação genética e estudos feitos
com gémeos
monozigóticos, corroboram a existência de uma tendência familiar. No entanto, não é claro como é feita esta transmissão.

São  igualmente importantes as causas físicas, como o desequilíbrio hormonal,
certas patologias (neurológicas, infecciosas ou oncológicas) ou alguns medicamentos, que têm como efeitos depressões secundárias.

Outras, denominadas psicodinâmicas, dão maior importância  às relações dos
doentes com o meio e, em particular, com os pais/educadores ao longo do seu
desenvolvimento.

Os factores sociais, por outro lado, como a vulnerabilidade das classes sociais
baixas, as relações interpessoais pobres, o desemprego, uma perda familiar
importante ou um acontecimento traumático, podem também estar na sua
origem.

A investigação proporcionou um conhecimento vasto das alterações

morfológicas e do funcionamento do cérebro do doente deprimido. São estes
desequilíbrios que estão na base do tratamento farmacológico actual, com
antidepressivos.

Hoje, sabe‐se que as principais moléculas em causa no cérebro depressivo
são os seguintes neurotransmissores; serotonina, noradrenalia e dopamina.
É a falta destes neurotransmissores que origina o quadro de depressão. 

Os neurotransmisores permitem a comunicação entre as principais células
nervosas (os neurónios). A diminuição da disponibilidade destas substâncias,
faz com que o cérebro funcione de forma “mais  lenta”.

O tratamento com antidepressivos, seguido de acordo com a prescrição do
médico, aumenta a disponibilidade dos neurotransmissores, para que voltem
aos seus níveis normais.

Sintomas

Não existe um quadro padrão de sintomas para a depressão, mas sim sinais
recorrentes que podem indiciar a doença.

A depressão não se manifesta da mesma forma de pessoa para pessoa.
Se, em alguns casos, são mais evidentes os sintomas emocionais de tristeza,
desânimo e falta de interesse, noutros doentes a depressão manifesta‐se
sobretudo de forma física, com dor, alterações no sono, falta de energia e
fadiga.

Os principais sintomas emocionais incluem tristeza, perda ou diminuição do
prazer ou interesse nas actividades que anteriormente fazia com gosto,
sentimentos de desvalorização e culpa, pensamentos recorrentes sobre a
morte;

Os sintomas geralmente associados ao quadro depressivo, manifestam-se
principalmente através da "cisma", irritabilidade, choro fácil, ansiedade
generalizada e fobias;

Já os sintomas físicos caracterizam-se pela falta de energia, dificuldade de
concentração, alterações no apetite (diminuição ou almento), apatia sexual,
insónia ou sonolência excessiva, dores (de cabeça, nas costas, nos ombros
ou generalizada).
Em média 65% das pessoas deprimidas apresentam sintomas físicos
dolorosos. A dor física, sobretudo quando persistente, sem responder ao
tratamento analgésico, deve ser investigada de perto pelo médico assistente.

Quando uma pessoa apresenta um conjunto destes sintomas e estes

interferem de forma importante com a vivência quotidiana, é
fundamental consultar um médico/psicólogo.

Tratamento

A escolha do tratamento mais adequado deve ser personalizada e feita após
uma avaliação física e mental.
Uma vez que a depressão é uma doença multifactorial, os tratamentos mais
eficazes devem incluir:

Alteração do estilo de vida: prática de exercícios físicos e alimentação
saudável, convívio com familiares e amigos, maior socialização
(participar de uma associação, clube, etc.);

Psicoterapia: promove o auto-conhecimento, a reformulação de pensamentos
pouco producentes, maior adaptação às situações da vida diária e a
descoberta de novos objectivos;

Medicação: tratamento complementar que inclui uma gama de vários
medicamentos, chamados antidepressivos;

Outros como: Acumpuctura, Massagens, Tratamento Homeopático, Meditação
e tudo aquilo que proporciona bem estar físico e emocional.


O tratamento deverá ser continuado por vários meses, mesmo depois da
melhora dos sintomas, Só desta forma evitará recaídas, quando terminar o
tratamento antidepressivo.

Extraído parcialmente do site a "Depressão Dói"

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Psicoterapia Breve; uma Modalidade de Intervenção

         
… Estresse, Ansiedade, Depressão, Fobias, Síndrome do Pânico, Baixa Auto-estima, Timidez, Dificuldade nas Relações Sociais, Distúrbios Sexuais, Luto...

Diante das adversidades do dia a dia, as pessoas estão buscando pessoalmente, estar bem consigo mesmas. A Psicoterapia deixa de ser algo destinado às pessoas ditas doentes e passa a ser uma opção de todos que desejam criar em volta de si, um ambiente onde possam realizar-se como pessoa.
As limitações económicas e a falta de tempo são factores que levam as pessoas a procurar por tratamentos de curto prazo. Neste sentido, a Psicoterapia Breve é uma opção bastante efectiva, já que é um tratamento voltado à superação dos sintomas e problemas actuais do paciente.
Na Psicoterapia Breve, o trabalho é voltado para um foco, ou seja, será dada prioridade para o que neste momento, está causando sofrimento ao paciente. A Psicoterapia Breve alcança resultados mais rápidos do que as terapias convencionais, além de ser possível determinar um prazo para o término do tratamento.
Nesta modalidade de atendimento, o terapeuta (psicólogo), interage com o paciente a todo o momento, inclusive seu papel é também pedagógico. O terapeuta é um facilitador, o que torna possível ao paciente ampliar sua consciência acerca do seu problema, de quando acontece, porque acontece e aprender uma nova forma de agir frente a estas situações.
A indicação terapêutica para a Psicoterapia Breve tem como factor imprescindível a motivação do paciente. A participação activa do terapeuta e o planeamento terapêutico também são fundamentais nesta modalidade de tratamento.

Você sabia que...

Um psicólogo, pode auxilia-lo nas mais diversas situações do seu dia a dia??? e que este processo, ao contrário do que se pensa, pode leva-lo à liberdade de pensar, fazer opções coerentes e assim efectivamente, escolher seu próprio caminho???
A função da Psicoterapia é desenvolver no homem suas potencialidades, de modo a ampliar, cada vez mais, seus próprios limites, suas próprias fronteiras. É um processo de tomada de posse de si mesmo.
A Psicoterapia pode ser muito eficaz nas seguintes situações:

·         Distúrbios de ansiedade (fobias, pânico)
·         Depressão
·         Dificuldades de relacionamento
·         Distúrbios alimentares
·         Preparação para Reforma
·         Estresse/doenças associadas
·         Dificuldades conjugais (de relacionamento e sexuais)
·         Dificuldades com os processos fisiológicos/emocionais decorrentes:
Gravidez, parto e puerpério/Menopausa
Adolescência
Envelhecimento
Deficiência física decorrente de acidente/doença
·         Luto
·         Violência familiar/abuso sexual
·         Uso de substâncias tóxicas


O terapeuta não julga nem opina, oferece liberdade e sigilo. Esse vínculo não cria dependência; pelo contrário, ele ajuda a ser mais livre.

Comparando, o papel do Psicólogo clínico seria o de um “lanterneiro”, que vai iluminando para você um caminho escuro; um caminho que você escolhe – é só você sabe onde vai dar!