sábado, 23 de abril de 2011

A Depressão Doi

Causas


Há várias teorias explicativas para o aparecimento da depressão mas, apesar
da investigação desenvolvida, persistem dúvidas relativamente à origem.
Actualmente, a depressão é referida como uma doença multifactorial, ou seja, 
com várias causas envolvidas no seu aparecimento.

Algumas teorias referem uma explicação genética e estudos feitos
com gémeos
monozigóticos, corroboram a existência de uma tendência familiar. No entanto, não é claro como é feita esta transmissão.

São  igualmente importantes as causas físicas, como o desequilíbrio hormonal,
certas patologias (neurológicas, infecciosas ou oncológicas) ou alguns medicamentos, que têm como efeitos depressões secundárias.

Outras, denominadas psicodinâmicas, dão maior importância  às relações dos
doentes com o meio e, em particular, com os pais/educadores ao longo do seu
desenvolvimento.

Os factores sociais, por outro lado, como a vulnerabilidade das classes sociais
baixas, as relações interpessoais pobres, o desemprego, uma perda familiar
importante ou um acontecimento traumático, podem também estar na sua
origem.

A investigação proporcionou um conhecimento vasto das alterações

morfológicas e do funcionamento do cérebro do doente deprimido. São estes
desequilíbrios que estão na base do tratamento farmacológico actual, com
antidepressivos.

Hoje, sabe‐se que as principais moléculas em causa no cérebro depressivo
são os seguintes neurotransmissores; serotonina, noradrenalia e dopamina.
É a falta destes neurotransmissores que origina o quadro de depressão. 

Os neurotransmisores permitem a comunicação entre as principais células
nervosas (os neurónios). A diminuição da disponibilidade destas substâncias,
faz com que o cérebro funcione de forma “mais  lenta”.

O tratamento com antidepressivos, seguido de acordo com a prescrição do
médico, aumenta a disponibilidade dos neurotransmissores, para que voltem
aos seus níveis normais.

Sintomas

Não existe um quadro padrão de sintomas para a depressão, mas sim sinais
recorrentes que podem indiciar a doença.

A depressão não se manifesta da mesma forma de pessoa para pessoa.
Se, em alguns casos, são mais evidentes os sintomas emocionais de tristeza,
desânimo e falta de interesse, noutros doentes a depressão manifesta‐se
sobretudo de forma física, com dor, alterações no sono, falta de energia e
fadiga.

Os principais sintomas emocionais incluem tristeza, perda ou diminuição do
prazer ou interesse nas actividades que anteriormente fazia com gosto,
sentimentos de desvalorização e culpa, pensamentos recorrentes sobre a
morte;

Os sintomas geralmente associados ao quadro depressivo, manifestam-se
principalmente através da "cisma", irritabilidade, choro fácil, ansiedade
generalizada e fobias;

Já os sintomas físicos caracterizam-se pela falta de energia, dificuldade de
concentração, alterações no apetite (diminuição ou almento), apatia sexual,
insónia ou sonolência excessiva, dores (de cabeça, nas costas, nos ombros
ou generalizada).
Em média 65% das pessoas deprimidas apresentam sintomas físicos
dolorosos. A dor física, sobretudo quando persistente, sem responder ao
tratamento analgésico, deve ser investigada de perto pelo médico assistente.

Quando uma pessoa apresenta um conjunto destes sintomas e estes

interferem de forma importante com a vivência quotidiana, é
fundamental consultar um médico/psicólogo.

Tratamento

A escolha do tratamento mais adequado deve ser personalizada e feita após
uma avaliação física e mental.
Uma vez que a depressão é uma doença multifactorial, os tratamentos mais
eficazes devem incluir:

Alteração do estilo de vida: prática de exercícios físicos e alimentação
saudável, convívio com familiares e amigos, maior socialização
(participar de uma associação, clube, etc.);

Psicoterapia: promove o auto-conhecimento, a reformulação de pensamentos
pouco producentes, maior adaptação às situações da vida diária e a
descoberta de novos objectivos;

Medicação: tratamento complementar que inclui uma gama de vários
medicamentos, chamados antidepressivos;

Outros como: Acumpuctura, Massagens, Tratamento Homeopático, Meditação
e tudo aquilo que proporciona bem estar físico e emocional.


O tratamento deverá ser continuado por vários meses, mesmo depois da
melhora dos sintomas, Só desta forma evitará recaídas, quando terminar o
tratamento antidepressivo.

Extraído parcialmente do site a "Depressão Dói"

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