sábado, 23 de abril de 2011

PERTURBAÇÃO DO DESEJO SEXUAL HIPOACTIVO

Embora se verifique uma maior incidência deste problema na população feminina, a prática clínica tem vindo a demonstrar um crescente aumento da procura de ajuda por parte da população masculina.
A Perturbação do Desejo Sexual Hipoactivo consiste na diminuição, ou mesmo na ausência, de fantasias e pensamentos sexuais, desejo de se envolver sexualmente com o outro, ou não se sentir de todo disponível para esse envolvimento, sendo causa de grande sofrimento e mal-estar individual e no casal.
Veja o seguinte cenário… o filme repete-se vezes sem conta: Está com o seu parceiro em casa, sozinhos, num ambiente tranquilo e descontraído de final de dia, e ele procura-a na tentativa de se envolverem sexualmente. A última coisa que lhe apetece fazer naquele momento é sexo, nem sequer está a pensar nisso, no entanto tem-lhe vindo a dizer que não nas ultimas tentativas, e tem de decidir o que fazer naquele instante. Se por um lado pode voltar a dizer-lhe “hoje não me apetece”, por outro, pensa que pode “fazer o frete” e ele não a volta a procurar tão depressa. Mas sabe à partida que qualquer das escolhas acaba por ter consequências negativas no vosso relacionamento intimo e na vida de casal, criando anseios, decepções e frustrações que conduzem a conflitos maiores no dia-a-dia em família.
As pessoas com este problema podem chegar ao limite de evitar todo o envolvimento com o parceiro, não lhe tolerando beijos, abraços ou qualquer troca de carícias, com receio de lhe estar a dar esperanças quanto ao poderem vir a ter relações sexuais.
Ao recusarem sucessivamente este envolvimento, sentem que estão a criar um fosso afectivo cada vez maior, mas ao envolverem-se contrariadamente, também não se conseguem entregar e retirar prazer dessa experiência. Uma grande insatisfação acaba por ser sentida de ambas as formas, e ela acaba também por ser vivida pelo parceiro.
A pressão é naturalmente intensa e a resolução do problema parece difícil de atingir...

Não hesite em procurar ajuda! Identificar possíveis causas e aprender novas formas de "Ser" e "Estar" com o outro, podem ser úteis para viver novas experiências, mais positivas e plenas, no contexto de um novo repertório.

Texto extraído do site "Oficina de Psicologia"

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