O carnaval é uma festa que teve
início na Grécia, em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através desta festa, os
gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do
solo e pela produção. Posteriormente os gregos e romanos inseriram bebidas e
práticas sexuais, tornando a comemoração intolerável aos olhos da Igreja, que
condenava o carnaval por suas danças e cânticos, que aos olhos cristãos eram
actos pecaminosos.
Após a disseminação do cristianismo e a
consolidação da hierarquia católica, as festas carnavalescas sofreram diversos
episódios de perseguição. De acordo com os líderes da Igreja Cristã, as
inversões e situações fantasiosas afrontavam o mundo criado pelo Senhor. No
entanto, mesmo com sua influência e poder, a Igreja não conseguiu dar fim a
essas festividades.
Em 590 d.C. a comemoração passou a ser adoptada
e comemorada pela Igreja Católica, foi implantada a “Semana Santa” para
reverenciar a paixão e morte de Jesus Cristo. Este período é chamado pela
Igreja de Quaresma que indica quarenta dias de jejum, principalmente com
abstinência de carne. O período do
carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne
vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do
carnaval, havia uma grande concentração de festejos populares. O carnaval acontece geralmente durante três dias
que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. A terça-feira de carnaval é chamada de
Terça-feira “gorda”.
O Carnaval foi introduzido no Brasil
através dos portugueses, provavelmente no séc. XVI, com o nome de Entrudo.
Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes, que variavam de
aldeia para aldeia. Em algumas notava-se a presença de grandes bonecos,
chamados genericamente de "entrudos". Entrudo, entretanto, engloba
toda uma variedade de brincadeiras dispersas no tempo e no espaço. Aquilo que a
maioria das obras descreve como Entrudo é apenas a forma que essas brincadeiras
adquiriram a partir de finais do século XVIII, na cidade do Rio de Janeiro.
Mesmo aí, a brincadeira não se resumia a uma única forma. Havia, na verdade
vários tipos de diversões que se modificavam de acordo com o local e com os
grupos sociais envolvidos.
Entrudo Familiar; acontecia dentro das casas senhoriais dos
principais centros urbanos. Era caracterizado pelo convívio delicado e pela
presença dos “limões de cheiro”, que os jovens lançavam entre si com o intuito
de estabelecer laços sociais mais intensos entre as famílias.
O Entrudo Popular;
era a brincadeira
violenta e grosseira que ocorria nas ruas das cidades, entre os escravos e a
população das ruas e sua principal característica era o lançamento mútuo de
todo tipo de líquidos (até sêmem ou urina) ou pós que estivessem disponíveis.
Entre esses dois extremos havia toda uma
variedade de "Entrudos" que envolviam em maior ou menor grau, grande
parte da população dos principais centros urbanos do país.
A partir dos anos 1830, uma série de proibições
se sucedem na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa grosseira.
Combatido como jogo selvagem, o entrudo continuou a existir com esse nome até
as primeiras décadas do século XX e existe até hoje no espírito das
brincadeiras carnavalescas mais agressivas, como a "pipoca" do
carnaval baiano ou o "mela-mela" da folia de Olinda.
O carnaval moderno, feito de desfiles, pessoas
fantasiadas e mascaradas é produto da sociedade vitoriana do séc. XIX. A cidade
de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo.
Cidades como Nova Orleans nos Estados Unidos,
Veneza na Itália, Toronto no Canadá e Rio de Janeiro no Brasil, se
inspirariam no carnaval parisiense, para implantar suas novas festas
carnavalescas. Já o Rio de
Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com
desfiles de escolas de
samba, para outras cidades do mundo, como São Paulo
e Tóquio. A festa foi
grandemente adoptada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das
maiores comemorações do país. As famosas marchinhas carnavalescas foram
acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participantes e
em qualidade.
O carnaval do
Rio de Janeiro está actualmente no Guinness Book como
o maior carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por
dia, nos blocos de rua da cidade. Em 1995, o Guinness Book declarou
o Galo da
Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco
de carnaval do mundo.